Fólio: 67r, Manuscrito Voynich - The Voynich Gallery, Yale. |
Elaborado com um sofisticado e incompreensível sistema de escrita, estampa de uma linguagem aparentemente ininteligível (problema digno de um Perelman), é também "recheado" com rústicas ilustrações em cores, representando diversas áreas da atividade humana (botânica/astronomia-astrologia/biologia/farmacologia).
Algumas destas imagens reforçam a atmosfera de mistério, sobretudo as reincidentes representações femininas imersas em vasos interligados, simulando uma espécie de banho ritualístico. Muitos escritores já utilizaram o texto como mote de tramas miraculosas, facilmente encontradas em prateleiras.
Pouco se sabe a respeito da obra. Estima-se que tenha perto de 600 anos e hipóteses não faltam para tentar explicar a origem e a autoria do assombro. Seu nome é uma referência ao livreiro polaco-estadunidense que o adquiriu no início do século XX, Wilfrid M. Voynich.
Hoje, o manuscrito é disponibilizado pelo portal da Beinecke Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale, onde repousa fisicamente desde 2005 (o leitor amigo pode solicitá-la via e-mail, que enviarei o arquivo em pdf). Há, inclusive, um núcleo interdisciplinar na Unicamp responsável por sérias investigações a respeito da natureza do conteúdo da obra (estará ativo?).
Ainda, a tese mais difundida é a de que o livro seja uma espécie de embuste (livro-enigma) criado pelo mago inglês Edward Kelley e seu comparsa, o filósofo John Dee, a fim de arrancar um bocado de dinheiro do esotérico e deslumbrado Rodolfo II da Germânia, fazendo-o crer que a obra fora escrita pelo frade alquimista Roger Bacon. Há, no entanto, elaborado trabalho desenvolvido pela Doutora Edith Sherwood, que decodifica os termos de botânica da obra e atribui o texto ao cerebral Leonardo da Vinci. Sendo embuste, ou enigma, a obra fica. Não dizendo nada e incompreensível é muito mais importante do que muitos livros que andam soltos por aí e que, dizendo tudo muito claramente, não nos dizem nada. Vale!
Algumas destas imagens reforçam a atmosfera de mistério, sobretudo as reincidentes representações femininas imersas em vasos interligados, simulando uma espécie de banho ritualístico. Muitos escritores já utilizaram o texto como mote de tramas miraculosas, facilmente encontradas em prateleiras.
Pouco se sabe a respeito da obra. Estima-se que tenha perto de 600 anos e hipóteses não faltam para tentar explicar a origem e a autoria do assombro. Seu nome é uma referência ao livreiro polaco-estadunidense que o adquiriu no início do século XX, Wilfrid M. Voynich.
Hoje, o manuscrito é disponibilizado pelo portal da Beinecke Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale, onde repousa fisicamente desde 2005 (o leitor amigo pode solicitá-la via e-mail, que enviarei o arquivo em pdf). Há, inclusive, um núcleo interdisciplinar na Unicamp responsável por sérias investigações a respeito da natureza do conteúdo da obra (estará ativo?).
Ainda, a tese mais difundida é a de que o livro seja uma espécie de embuste (livro-enigma) criado pelo mago inglês Edward Kelley e seu comparsa, o filósofo John Dee, a fim de arrancar um bocado de dinheiro do esotérico e deslumbrado Rodolfo II da Germânia, fazendo-o crer que a obra fora escrita pelo frade alquimista Roger Bacon. Há, no entanto, elaborado trabalho desenvolvido pela Doutora Edith Sherwood, que decodifica os termos de botânica da obra e atribui o texto ao cerebral Leonardo da Vinci. Sendo embuste, ou enigma, a obra fica. Não dizendo nada e incompreensível é muito mais importante do que muitos livros que andam soltos por aí e que, dizendo tudo muito claramente, não nos dizem nada. Vale!
MIRANDA, Rafael Puertas de. O livro misterioso. Jornal Mogi News, Mogi das Cruzes, 26 de Agosto de 2012. Caderno Variedades, p. 07.
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